A dar apoio a doentes COVID e não COVID

- / 06 fev 2021
A dar apoio a doentes COVID e não COVID agudos desde 2 de dezembro de 2020, a Santa Casa da Misericórdia de Riba D´Ave atingiu no dia 4 de fevereiro a sua capacidade máxima de internamento com a disponibilização de 92 quartos a utentes oriundos de hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Utilizando as futuras instalações do Centro de Investigação, Diagnóstico, Formação e Acompanhamento das Demências (CIDIFAD), futura valência da Instituição de apoio a pessoas com demência, a SCM Riba D´Ave, perante a emergência sanitária de combate à pandemia, de imediato colocou à disposição do Serviço Nacional de Saúde toda a sua capacidade que faseadamente fosse concluída e devidamente equipada.
Além do exigente esforço que garantiu a abertura de 40 quartos em dezembro, 32 em janeiro e 20 no passado dia 4 de fevereiro, toda a dinâmica organizacional da SCM Riba D´Ave teve de ser ajustada de modo a uma eficaz distribuição de medicação, das refeições, do aprovisionamento clínico e não clínico, da lavandaria e de recolha de resíduos.
O empenho da SCM Riba D´Ave foi ainda traduzido pelo recrutamento de profissionais de saúde que, entre médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde constituem já uma equipa com mais de 100 elementos.
Nas palavras da Dra. Isabel Seixas, diretora-clínica adjunta “Foi com um enorme esforço que conseguimos reunir equipas, numa ocasião de enorme sobrecarga laboral e que estivessem à altura do desafio que os tempos impõem, o de apoiarmos o Serviço Nacional de Saúde a conseguir dar resposta a uma luta desigual e que deixou os hospitais à beira do colapso.”.
Este reforço da capacidade de internamento hospitalar permitiu libertar muita da pressão existente sobre os hospitais da região, tendo, até à data, garantido a assistência a 250 doentes, nomeadamente 177 COVID positivos e 73 não-COVID agudos. Segunda a Dra. Isabel Seixas, “Os 92 quartos concebidos para o novo Centro de Demências albergam agora 60 doentes COVID-19 e 32 doentes não-COVID agudos provenientes de múltiplos hospitais e centros hospitalares que, deste modo, conseguem um alívio importante de pressão sobre a disponibilidade de camas de enfermaria.”.
Paralelamente à assistência clínica, é de realçar o trabalho e a dinâmica social afetos ao serviço e que foi fundamental na promoção da terapia dos doentes e na mitigação da angústia das famílias. Este foi mais um tema destacado pela Dra. Isabel que referiu que a existência de um “Gabinete de Apoio à Família tem garantido uma eficaz comunicação por vídeochamada entre o doente e a família”, referindo ainda que “estamos particularmente sensíveis à necessidade de visitas presenciais extraordinárias, em casos selecionados, quando os doentes se encontram nas últimas horas ou dias de vida.”.